Noite fria
No pé, a meia de lã. Na mão, uma taça do vinho seco Saint Germain, lá da Serra Gaúcha, denunciam que a temperatura está baixa em BM City. O Instituto Nacional de Metereologia comprova. Afirma que amanhã, dia 25, a baixa será de 15º. Nada mal para o outono. Acabo de ouvir a Cristiane Pelagio, do Jornal da Globo, dizer: “Prepare-se! No Brasil inteiro fará muito frio”. É. Eu já havia percebido... E com o frio, vem aquela preguicinha aguda. Vontade de ficar embaixo do edredom, sem fazer nada.
No pé, a meia de lã. Na mão, uma taça do vinho seco Saint Germain, lá da Serra Gaúcha, denunciam que a temperatura está baixa em BM City. O Instituto Nacional de Metereologia comprova. Afirma que amanhã, dia 25, a baixa será de 15º. Nada mal para o outono. Acabo de ouvir a Cristiane Pelagio, do Jornal da Globo, dizer: “Prepare-se! No Brasil inteiro fará muito frio”. É. Eu já havia percebido... E com o frio, vem aquela preguicinha aguda. Vontade de ficar embaixo do edredom, sem fazer nada.
O meu consolo é que a madrugada será fria, mas a manhã será gelada. Sair do edredom, agarrada na manta verde limão (que eu tanto gosto), para despertar debaixo do chuveiro e enfrentar 50 quilômetros na via Dutra, para chegar até Resende, não será uma tarefa fácil. Entretanto é o que acontecerá.
Olho para os meus travesseiros e bem ao lado de um deles estão dois textos da pós-graduação. Tenho que ler, mas depois da segunda taça de vinho – tomada solitariamente – nesta noite fria, confesso que vou deixar para amanhã. Quem sabe, depois da noite fria, do chuveiro quente, da estrada em alta velocidade e da correria da assessoria, eu consiga me concentrar nos textos da Ana Paula Poll. Quem sabe...
Mas, por agora, o que me faz bem mesmo é apreciar esse vinho, escrever para o Sorrisos Plásticos, conversar com um amigo, e me lembrar que lá do lado de fora dos portões da minha casa existe um caminho para a felicidade. Um caminho que eu insisto em não seguir. Talvez por preguiça. Talvez por tratar-se de uma noite fria. Talvez porque eu não queira ir.
E como a vida é cheia de “porquês”, a minha pode ser cheia de “talvez”. Afinal definir um caminho para um ser geminiano, ainda mais no seu inferno astral, é algo quase improvável, especialmente, em uma noite fria, depois de algumas taças de vinho.
Tudo isso deve ser influência da Serra Gaúcha. Deste vinho. Da temperatura baixa. E da vontade de não fazer nada. E por que não, da Rita Lee, que diz em “Mania de você”: “Nada melhor do que não fazer nada. Só pra deitar e rolar com você”.
Com você.
Com você.