Ele é o cara!
Especialmente para minha amiga Jussa - que compartilha, assim como eu, o amor pelos Beatles e pelo (lindooo) Lenny Kravitz.
Melhoras amiga ; )
Resposta a Lennon
Lenny Kravitz prega uma revolução do amor em novo álbum
Do Globo Online
Especialmente para minha amiga Jussa - que compartilha, assim como eu, o amor pelos Beatles e pelo (lindooo) Lenny Kravitz.
Melhoras amiga ; )
Resposta a Lennon
Lenny Kravitz prega uma revolução do amor em novo álbum
Do Globo Online
"Você diz que quer uma revolução", cantava John Lennon em "Revolution" em 1968. Quarenta anos depois, Lenny Kravitz responde no título de seu oitavo álbum lançado pela EMI: "It's time for a love revolution" ("Chegou a hora de uma revolução do amor"). Os Beatles cantaram isso na era psicodélica, quando utopias ainda eram cultivadas, antes do próprio Lennon anunciar, três anos depois, o fim do sonho.
No mundo cínico, corrupto e terminal de 2008, a convocação neohippie de Lenny soa ingênua. Revolução do amor é? Sei...tá...falou...esse cara mora em Passargada, uma outra civilização onde se tem de tudo e ele é amigo do rei? Só pode ser.
Numa entrevista de divulgação, antes de ser internado com bronquite em Miami no começo do mês, Lenny lembra que seu primeiro disco, "Let love rule" ("Deixa o amor dominar''), há 18 anos, batia na mesma tecla:
"Desde o começo o amor sempre foi o tema central de meus discos, mas creio que chegou a hora de passar ao próximo estágio, de ser mais hardcore. Isso soa engraçado como referência ao amor, mas o mundo é um lugar tão negativo e há guerras por toda parte. Pessoas morrem em toda parte e não existe compreensão entre homens e países. Está na hora das pessoas começarem a se agrupar em nome do amor", disse ele ao jornal inglês "The Guardian".
A canção "Love love love" funciona como um credo desta revolução, com um refrão que diz "Não há nada que você possa me dar porque eu tenho o amor". E lista: "Não preciso de carros, iates e trens, diamantes, charutos raros, mansões e champanhe, maconha, ecstasy, cafungadas e pílulas para dormir", entre outras coisas. Será que ele renunciou a tudo isso?
A revolução do amor tem uma faceta política. "Back in Vietnam" é um libelo contra o atual comportamento de seu país ao transformar o Iraque num novo Vietnam. "Vamos continuar até o inimigo ser eliminado, pouco importa que dure para sempre. Mulheres, homens e crianças morrerão, estamos todos nessa juntos. Aqui estamos nós de novo, meus amigos. Voltamos ao Vietnam," canta ele num rock midtempo.
Lenny tem um pé fincado no Brasil. Canções do disco foram trabalhadas em Friburgo, onde teria comprado uma fazenda depois de sua participação na etapa brasileira do megashow Live Earth, em julho do ano passado. Apesar de ter circulado para cima e para baixo com dúzias de mulheres, em janeiro último ele disse que estava sem sexo há três anos e que só volta à ativa quando achar a mulher certa. Isso deve explicar a balada melosa ''I'll be waiting'', de piano e cordas, com versos batidos como "enquanto eu viver estarei esperando/ Quando você me chamar, estarei lá".
Numa levada soul que ecoa James Brown com guitarras a Led Zeppelin, ele faz uma proposta de casamento para a mulher ideal que ainda não achou: "Você é minha vida e minha paixão/ Que nunca sai de moda/ Você quer casar comigo?/ Quer usar meu anel?/ Você é uma rainha e estou esperando para ser seu rei". Versos dignos de uma dupla "breganeja" que se salvam pela competência instrumental dele, que tocou todos os instrumentos, menos cordas, do disco.
Kravitz mantém as referências do final dos anos 60 e começo dos 70, chupando de bandas como Grand Funk Railroad, Beatles, Rolling Stones e, principalmente, Led Zeppelin. "Bring it on", ''Love Love Love" e ''Will you marry me'', podiam levar a assinatura de Jimmy Page ao emular canções como ''Black dog'', ''The Crunge'' e ''Custard pie''. Já "Good morning" tem sabor Beatles e ''Dancing til dawn'' evoca ''Some girls'', dos Rolling Stones. Não chega a ser um pecado capital ou todo o novo rock iria para a ponta de uma corda.
A revista "Rolling Stone" americana considerou "Love revolution" o melhor álbum da carreira de Lenny, o que pode ser uma maneira de dizer que ele nunca fez um grande disco porque tem canções fracas que não chegam a ser desastrosas como "Calling all angels", mas estão no mesmo caminho, como "I'll be waiting", "A new door" e "A long and sad goodbye". Esta última é uma referência autobiográfica ao seu relacionamento com o pai, Sy Kravitz, que se divorciou da mulher, Roxie Roker, o que abalou muito Lenny. Sy morreu de leucemia em outubro de 2005 e o filho se reconciliou com ele. A canção expõe toda a história, mas ficou dramática demais com um crescendo de cordas no final e ele gritando "papa, papa, papa".
Em suas 14 faixas, "It's time for a love revolution" não destoa dos CDs anteriores de Lenny, uma sucessão de altos e baixos. O álbum é lançado numa versão luxo com um DVD que inclui oito clipes e explicações dele sobre algumas canções.