junho 20, 2007

i m p r e s s õ e s

Do latim impressione, impressão significa o efeito causado por um estímulo exterior sobre a mente ou os sentidos. E impressão, sabe (...) é algo que eu gosto de causar nas pessoas. Sejam elas boas ou más. Deve existir uma explicação para isso, mas o fato é que eu gosto que as pessoas tenham uma opinião formada sobre essa pessoinha que vos fala. É como aquele bom e velho ditado popular: “Falem mal, mas falem de mim”.

Enfim. Todo esse blá, blá, blá é para enumerar as impressões que algumas pessoas tiveram ao verem meu cabelo curto. Uma das pérolas que eu jamais esquecerei é a seguinte:

- Luciano Pançardes (meu chefe): depois de falar mil coisas comigo sobre o trabalho, ele olha fixamente para mim e lança: - Thais, o que você arrumou no seu black?

Gente, que gíria é essa?
Tudo bem que eu domino o linguajar idoso, soltando sempre (entre outras) “fuça” e “bacana”. Mas “black” é para entrar na história. Realmente.

Continuando...

- Carol (minha melhor amiga e irmã), depois de alguns segundos me observando: - esse Marcelo Seabra é foda mesmo! Você está linda, irmã.

- Vanessinha (amiga), engrossou (pra variar) o coro da Carol e concordou: - ficou muito bonito mesmo!

- Gina (relações públicas da Prefeitura): - você está parecendo uma daquelas atrizes de Hollywood, só não consigo me lembrar quem.

- Fernanda (amiga de trabalho) com toda interjeição que ela poderia manifestar naquele momento: - deixa eu te ver? Ahhhh!!!! Ficou lindooooo!

- Sr. Pereira (homem da água e do cafezinho da Acom): - mas você está bonita demais hoje. [Detalhe: ele não tinha reparado que eu cortei o cabelo]. Então eu disse: - É que eu cortei o cabelo, sr. Pereira. Ele rapidamente respondeu: ah é!

- Minha mãe (coruja como sempre): - você já era linda, agora então.

- Marcinha (amiga de trabalho): - é uma nova Thais!

- Júnior (da Duelo Comunicação): - tem um poodle na sua cabeça. Hahahahaha!

- Tomaz (amiguinho): - ficou muito estiloso. Gostei!

- Bento (da Duelo Comunicação): - bonito mesmo.

- Minha irmã (Dedê): - você fica muito bem de cabelo curto. Sempre foi assim.

- Gladson (amiguinho), por MSN, disse: - prefiro não opinar. Tô brincando. Não que tenha ficado feio, mas sim, diferente. Vou me acostumar ainda. Não sei se é porque eu estava acostumado com o cabelo de antes, mas preferia antes. Nas entrelinhas: ele não gostou. HUNF!

- Felipe (ex-namorado e, hoje, amigo), por aqui mesmo, comentou: - ficou linda com o cabelo curto. Gostei !

- Jussara (companheira de luta e amiga): - lindo!

- Joice (amiga), pelo Sorrisos Flog: - cortou o cabelo???? Ficou ótimo!!

- Fabíola (amiga grávida, q eu peguei o buquê no casamento dela) também pelo Sorrisos Flog: - você tá linda de cabelo novo, viu? Adorei!

- Xan (primo-amigo-publicitário): - tá linda como sempre. Se você ficar careca vai ficar linda. Não tem como você ficar feia. Que fofo, gente!

Bom. Teve ainda aqueles que olharam e não disseram coisa alguma. Ou ainda aqueles desconhecidos que nós dizemos apenas “oi” por educação, que lançaram no meio do corredor: cabelo novo!

Rs...

Ah! Quer saber? É bom mudar. Causar impressões. É bom demais ser Thais.

Valor de uso e de troca

Rodovia Presidente Dutra, 8h30min, no volume 19, Pitty no som do meu carro. De repente (como deve ser), mudança de faixa e eis que começo ouvir “Só de passagem”, cujo refrão diz: “Eu possuo muitas coisas. E nada disso me possui”. Penso então: - GENTE! [sim, eu disse gente!]. Essa música é uma análise do valor de uso e de troca, que aprendi na aula de Sociologia das Relações de Trabalho, da Ana Paula Poll.

Então, como de praxe... eis a letra abaixo para aqueles que sabem o significado, concordarem comigo ou não.

Só de passagem

Eu não sou o meu carro
Eu não sou meu cabelo
Esse nome não sou eu
Muito menos esse corpo
Não tenho cor nem cheiro
Não pertenço a lugar algum
Eu posso ir e vir como eu quero
Nada me toca nem aprisiona
Vou pairando leve, leve....
Acima da carne e do metal
Eu possuo muitas coisas
E nada disso me possui
Eu não sou a comida que eu como
Não sou a roupa que eu visto
Não espere por uma resposta
Porque eu não tenho explicação
Eu não sou a minha casa
Não faço parte da minha rua
Vou pairando leve, leve....
Acima da carne e do metal
Eu possuo muitas coisas
E nada disso me possui
Espíritos são livres, espíritos passeiam por aqui
Espíritos são livres, espíritos só passam por aqui