agosto 28, 2007

na - vitrola - toca

Independente Futebol Clube


((( ultraje a rigor ))))

Eu não sou seu

Eu não sou de ninguém

Você não é minha

Eu não tenho ninguém

Nós somos livres

Independente Futebol Clube

Você não manda em mim

Eu não mando em você

Eu só faço o que eu quero

Você só faz o que quer

Nós somos livres

Independente Futebol Clube

Se a gente tá assim comendo capim

É porque a gente quer e se não quiser

Nós somos livres

Independente Futebol Clube

Deu no Comunique-se

Concordo com o Noblat.
Alguns jornais, simplesmente, envelhecem.

A Folha de S. Paulo envelheceu, por Ricardo Noblat (*)

Jornalistas da Folha de S. Paulo amargam a decisão tomada, anteontem [quarta-feira, 22/08], pela direção do jornal de não publicar reportagem sobre a troca de e-mails entre os ministros Ricardo Lewandowski e Carmen Lúcia no primeiro dia de julgamento do Caso do Mensalão no Supremo Tribunal Federal.

Fotográfos da Folha e de O Globo registraram a troca de e-mails. Repórteres dos dois jornais escreveram extensas reportagens a respeito. O Globo publicou a sua - a Folha, não.

A direção da Folha consultou o Departamento Jurídico da empresa e o ex-ministro da Justiça José Carlos Dias, que estava em Brasília. Foi aconselhada a não publicar a reportagem. Os advogados entenderam que ela violava a privacidade dos ministros e o sigilo de correspondência. A direção de O Globo entendeu o contrário. A sessão do Supremo era pública. Os ministros trocaram e-mails sabendo que havia fotógrafos por perto. O assunto tratado por eles na correspondência era de interesse público. Então...

Em sua edição de hoje [sexta-feira, 24/08], a Folha mudou de entendimento. Publicou a reportagem que permanecia inédita e repercutiu a reportagem de O Globo.

De meados dos anos 80 até o fim dos anos 90 do século passado, a Folha foi o jornal, digamos assim, mais atrevido e inovador entre os chamados "grandes jornais" do país. Por isso mesmo, foi também o que mais aumentou sua circulação e angariou prestígio e respeito.

É fato que em alguns momentos foi além do limite da irresponsabilidade. Uma vez, por exemplo, publicou entrevista de página inteira com um tal de Mister X onde ele denunciava a compra de votos para a reeleição do então presidente Fernando Henrique Cardoso.

Foi um erro. Mas um erro de um jornal que tinha como objetivo quebrar paradigmas e se renovar o tempo todo.

Parece esgotada a vitalidade que tanto influenciou os demais jornais.

O episódio do "furo" que a Folha preferiu levar é o mais emblemático da fase de letargia que o jornal atravessa. Ele se acomodou e envelheceu.

(*) Jornalista e blogueiro. Texto publicado originalmente no Blog do Noblat.