outubro 17, 2007

Sensacional o texto abaixo que recebi de um amigo. Mulher, definitivamente, sofre!

Coisas de mulher

(não sei de quem é a autoria, mas o cara é um gênio ou deve ser uma mulher mesmo. Para nos entender assim, só sendo mulher, rsrsrsrs... Brincadeiras a parte, acabo de descobrir que a autoria é do Evaldo de Castro, meu amigo de trabalho citado acima)

Acordou com medo de tudo. Ataques de pânico já tinha tido antes, mas este parecia mais forte do que qualquer outro anterior. Passados alguns anos dos 40, a pele enrugada já merecia um novo creme. Os bons, sempre importados, eram caros demais. Um lifting facial básico teria seu valor e, quem sabe, botox também não deveria ser descartado.

Talvez estes pensamentos estivessem causando aquele ataque matinal de pânico. Seria um desejo oculto de renovar o guarda-roupa? Afinal nada combinava mais com nada e a coleção de meia estação iria mudar mesmo tudo. Precisava de um sapato verde, para combinar com aquela nova blusa cotton lycra...

Um vento agradável soprava da serra. O dia ensolarado não justificava ficar na cama até tarde. Levantou-se. Tinha que enfrentar o dia. A máquina de lavar estava com problemas e, ao lavar aquela calça jeans "Revanche" na mão tinha quebrada a unha... Que Raiva! Na véspera a maquiagem tinha estragado... A calcinha havia ficado enfiada e na hora não deu para tirar... O cabeleireiro não havia acertado o tom do vermelho... Era impossível não se abater.

A cólica indicava que a menstruação estava chegando. TPM dá vontade de matar um! Faz a gente achar que o relacionamento acabou para depois descobrir que era tudo Tensão Pré-Menstrual. Ter que sorrir gentilmente para os outros enquanto dores lancinantes te rasgam é o fim do mundo! O cabelo estava um horror, havia comprado uma calça que não combinava com mais nada porque o preço estava irresistível e tinha rasgado a meia na entrada de uma festa... Tudo estava dando errado.

Mulher, definitivamente, sofre. É tratada feito idiota pelo mecânico na oficina, tem que fingir estar natural durante o mais desconfortável dos exames ginecológicos, nunca saber se é para dividir a conta ou se fazer de meiga e chorar no banheiro se olhando para ver qual é o melhor ângulo são, irremediavelmente, coisas de mulher. Qual outro ser no planeta diz não, para fazer o homem insistir bastante e aí ter que dizer sim, quando se queria dizer sim desde o início?

Mas nada melhor que um vestido caro da Dior, by John Galliano, novo em folha, um perfume Channel 5, um par dos cultuados sapatos Jimmy Choo e um batom Rouge Pop Chic, da francesa Bourjois, para fazer uma mulher sentir-se pronta para conquistar o mundo. Ataque de pânico? Que pânico???

Blog, você já tem o seu?

Nesta semana tenho que entregar meu artigo científico na pós sobre blogs. Na verdade, sobre mídia alternativa. Muitas instituições já enxergam hoje alguns blogs como concorrentes diretos, outros resolveram aliar essa nova ferramenta para desenvolver um trabalho ainda mais completo. Ponto para esses!

É o caso do jornal norte-americano The New York Times que, na última segunda-feira, dia 15, anunciou a criação do The Board. Segundo o Comunique-se, o novo espaço será um canal de comunicação direto dos 19 membros do conselho editorial do NYT com seus leitores para discutir as questões editoriais do jornal.

- Membros do conselho editorial que escrevem na área vão compartilhar com vocês o que eles estão pensando, o que eles têm lido e do que eles estão duvidando - informou o jornal. A maior parte dos posts não será assinada, assim como os editoriais do NYT.

Bom exemplo. Os jornais brasileiros bem que podiam seguir o mesmo caminho, ao invés de criticar, como o Estadão demonstrou na campanha abaixo.



Blogs são ferramentas de expressão. No Brasil, eles ainda são sinônimo de “diário virtual”, mas aos poucos essa noção arcaica está mudando. Se o conteúdo é relevante ou não, cabe ao leitor distinguir. Cada vez mais vemos blogs de pessoas antenadas cultural e socialmente que acabam tornando-se formadores de opinião e leitura obrigatória no dia-a-dia.

Se bem utilizada esta ferramenta é de grande valia para todos. O NYT entendeu isso. Mas ainda existe tempo para que esta idéia massifique-se entre os órgãos de imprensa. A dica está aí, Estadão!