São demais
(autor quase desconhecido)
Quando duas vidas se cruzam e param
Param, para depois interceder no ponto mais intenso
Seguir um, o outro, é inevitável
Conduzir cada qual a sua própria cruz é quase utópico, mas não impossível
agosto 25, 2006
agosto 24, 2006
Infinito Particular
Composição: Arnaldo Antunes, Marisa Monte, Carlinhos Brown
Eis o melhor e o pior de mim
O meu termômetro, o meu quilate
Vem cara, me retrate
Não é impossível
Eu não sou difícil de ler
Faça sua parte
Eu sou daqui e não sou de Marte
Vem, cara, me repara
Não vê, tá na cara, sou porta-bandeira de mim
Só não se perca ao entrar
No meu infinito particular
Em alguns instantes
Sou pequenina e também gigante
Vem cara, se declara
O mundo é portátil
Pra quem não tem nada a esconder
Olha minha cara
É só mistério, não tem segredo
Vem cá, não tenha medo
A água é potável
Daqui você pode beber
Só não se perca ao entrar
No meu infinito particular
agosto 22, 2006
Cotidiano de todo dia
Como todos os dias, hoje eu acordei cedo para trabalhar. Durante os 20 minutos transitando pela Rodovia Presidente Dutra, entre uma curva e outra, me perguntava, por quê? Por que todo dia eu acordo, trabalho, volto para casa, durmo e no outro dia, você já sabe... Começa tudo novamente.
E eu, continuo sem a resposta. Não perguntei a ninguém. Não tive vontade. Acho que estou me acostumando com a mesmice da minha vida. E por um lado, isso pode ser bom, mas outro, pode ser péssimo. Pois demonstra que mesmo aos 27 anos, eu ainda não sei o que quero. Ou será que sei e não tenho coragem de enfrentar a vida? De admitir isso! De mudar meu rumo?
Afinal de contas, não é difícil traçar um caminho e segui-lo em linha reta sem saber o que tem por trás das curvas. O problema é que são, justamente, essas curvas que me intrigam! Que me atraem! Que me deixam com vontade de saber o que existem dentro delas. Será que é lá que encontramos a felicidade?
É isso! Essa é a minha resposta. Ando triste.
Ando me questionando todos os dias sobre tudo. Às vezes, me pego em um monólogo comigo mesma, tentando encontrar respostas que não serei capaz de responder. Pelo menos não agora. Não hoje. Porque hoje - mais uma vez - estou cansada, pois acordei cedo, dirigi até Resende, trabalhei durante o dia todo e, agora, estou aqui, novamente de frente para o computador, dialogando comigo mesma.
Diálogo ou monólogo. Perguntas ou respostas, isso não importa agora! Afinal de contas, amanhã é um novo dia. E assim como hoje, tenho que acordar cedo...
agosto 08, 2006
Déjà Vu
Nenhuma verdade me machuca
Nenhum motivo me corrói
Até se eu ficar
Só na vontade já não dói
Nenhuma doutrina me convence
Nenhuma resposta me satisfaz
Nem mesmo o tédio me surpreende mais
Mas eu sinto que eu tô viva
A cada banho de chuva que chega molhando meu corpo
Nenhum sofrimento me comove
Nenhum programa me distrai
Eu ouvi promessas, e isso não me atrai
E não há razão que me governe
Nenhuma lei pra me guiar
Eu tô exatamente aonde eu queria estar
Mas eu sinto que eu tô viva
A cada banho de chuva que chega molhando o meu corpo
A minha alma
Nem me lembro mais
Em que esquina se perdeu
Ou em que mundo se enfiou
Mas, já faz algum tempo
Já faz algum tempo
Já faz algum tempo
Faz algum tempo
A minha alma
Nem me lembro mais em que esquina se perdeu
Ou em que mundo se enfiou
Mas eu não tenho pressa
Já não tenho pressa
Eu não tenho pressa
Não tenho pressa