Jornalistas, uni-vos!
Quem me conhece, sabe. Eu não poderia ficar calada diante da matéria publicada hoje, no Diário do Vale, na editoria de economia. Por isso, escrevi a carta abaixo ao jornal Diário do Vale. Trata-se da opinião pessoal de uma jornalista que está cansada de ver tudo o que acontece nesta região e não fazer nada. Se você também é jornalista e também está cansado. Faça sua parte!
Resende, 7 de agosto de 2007.
À direção do Diário do Vale, aos editores, à chefia de reportagem e a quem interessar possa;
Inacreditável a matéria publicada na edição desta terça-feira, no Diário do Vale, na editoria de “Economia”, cujo o título é “JC vai à posse do Presidente da Fenaj”. Realmente. I-N-A-C-R-E-D-I-T-Á-V-E-L. Primeiro, porque falando de jornalista para jornalistas, o lead da matéria parece mais um release do que uma matéria redigida por um jornal. Segundo, ainda falando de jornalista para jornalistas, qual é o interesse dos leitores do Diário do Vale neste assunto (?), a não ser auto-promoção de JC Moreira, intitulado presidente do Sindicato dos Jornalistas do Sul Fluminense. Terceiro, se era para o jornal publicar algo sobre o Congresso que fosse sobre a discussão do novo código de ética dos jornalistas, mas não, de um evento social, como a matéria dá entender. Seria melhor o caderno Lazer & Cia, na coluna social, mas não, a editoria de economia.
Aliás, trocarei o termo: não é inacreditável, mas sim, lamentável que um jornal como o Diário do Vale preste-se a esse papel. Afinal de contas, quem é do meio, sabe: o Sindicato do JC (esse é o melhor nome para ser definido) não representa a nossa classe. Ele pode até ter meios legais para sustentar o título de Sindicato, mas sinceramente, não representa a classe. Quando são suas eleições? Quem são os seus eleitores? Já que os jornalistas da região não fazem parte do sindicato do JC. Quem faz parte da sua diretoria? Onde estão os editais? Melhor: onde está a sede deste sindicato? Perguntas que não calam, jamais!
Tudo bem. Ele pode até ter ido à Vitória – exclusivamente – para a posse do novo presidente da Fenaj. Mas só para lembrar ao Diário do Vale: foi um evento pago, durante um congresso. Nada de convite, quiçá, exclusivo.
A matéria diz ainda que “JC disse que teve a oportunidade de conversar com o presidente Sergio Murilo e discutir sobre novas propostas possíveis para os profissionais de Jornalismo. Na conversa JC convidou o presidente para conhecer a Região. Murilo aceitou o convite, mas a data da visita ainda não foi marcada. Será a primeira vinda de um presidente da Fenaj ao Sindicato dos Jornalistas da Região”. Ele só esqueceu de dizer ao repórter do Diário do Vale que a Fenaj não reconhece o Sindicato dele como “sindicato” e que o assunto em questão no Congresso Nacional Extraordinário era para revisar e atualizar o novo Código de Ética dos jornalistas, que foi feito com a participação de uma delegação dos Sindicatos dos jornalistas do Estado do Rio de Janeiro e do Município do Rio de Janeiro.
ÉTICA. Palavra, aliás, que anda faltando por esta região. E para quem não se lembra do significado. De acordo com o dicionário Aurélio Buarque de Holanda, ética é "o estudo dos juízos de apreciação que se referem à conduta humana susceptível de qualificação do ponto de vista do bem e do mal, seja relativamente à determinada sociedade, seja de modo absoluto”. Percebam: conduta humana.
Se a matéria publicada no canto inferior esquerdo de uma página ímpar do Diário do Vale era para anunciar que o “nobre” presidente do sindicato foi a Vitória para prestigiar o novo presidente, foi dito. Mas eu – como jornalista que sou – não poderia me calar diante disto. Eu entendo como jornalista que o Diário do Vale tem a liberdade para publicar o que quiser. Mas é de se estranhar um relacionamento tão íntimo de um representante de classe com um representante do setor patronal, como ficou explícito na matéria divulgada. De fato, lamentável.
Quem me conhece, sabe. Eu não poderia ficar calada diante da matéria publicada hoje, no Diário do Vale, na editoria de economia. Por isso, escrevi a carta abaixo ao jornal Diário do Vale. Trata-se da opinião pessoal de uma jornalista que está cansada de ver tudo o que acontece nesta região e não fazer nada. Se você também é jornalista e também está cansado. Faça sua parte!
Resende, 7 de agosto de 2007.
À direção do Diário do Vale, aos editores, à chefia de reportagem e a quem interessar possa;
Inacreditável a matéria publicada na edição desta terça-feira, no Diário do Vale, na editoria de “Economia”, cujo o título é “JC vai à posse do Presidente da Fenaj”. Realmente. I-N-A-C-R-E-D-I-T-Á-V-E-L. Primeiro, porque falando de jornalista para jornalistas, o lead da matéria parece mais um release do que uma matéria redigida por um jornal. Segundo, ainda falando de jornalista para jornalistas, qual é o interesse dos leitores do Diário do Vale neste assunto (?), a não ser auto-promoção de JC Moreira, intitulado presidente do Sindicato dos Jornalistas do Sul Fluminense. Terceiro, se era para o jornal publicar algo sobre o Congresso que fosse sobre a discussão do novo código de ética dos jornalistas, mas não, de um evento social, como a matéria dá entender. Seria melhor o caderno Lazer & Cia, na coluna social, mas não, a editoria de economia.
Aliás, trocarei o termo: não é inacreditável, mas sim, lamentável que um jornal como o Diário do Vale preste-se a esse papel. Afinal de contas, quem é do meio, sabe: o Sindicato do JC (esse é o melhor nome para ser definido) não representa a nossa classe. Ele pode até ter meios legais para sustentar o título de Sindicato, mas sinceramente, não representa a classe. Quando são suas eleições? Quem são os seus eleitores? Já que os jornalistas da região não fazem parte do sindicato do JC. Quem faz parte da sua diretoria? Onde estão os editais? Melhor: onde está a sede deste sindicato? Perguntas que não calam, jamais!
Tudo bem. Ele pode até ter ido à Vitória – exclusivamente – para a posse do novo presidente da Fenaj. Mas só para lembrar ao Diário do Vale: foi um evento pago, durante um congresso. Nada de convite, quiçá, exclusivo.
A matéria diz ainda que “JC disse que teve a oportunidade de conversar com o presidente Sergio Murilo e discutir sobre novas propostas possíveis para os profissionais de Jornalismo. Na conversa JC convidou o presidente para conhecer a Região. Murilo aceitou o convite, mas a data da visita ainda não foi marcada. Será a primeira vinda de um presidente da Fenaj ao Sindicato dos Jornalistas da Região”. Ele só esqueceu de dizer ao repórter do Diário do Vale que a Fenaj não reconhece o Sindicato dele como “sindicato” e que o assunto em questão no Congresso Nacional Extraordinário era para revisar e atualizar o novo Código de Ética dos jornalistas, que foi feito com a participação de uma delegação dos Sindicatos dos jornalistas do Estado do Rio de Janeiro e do Município do Rio de Janeiro.
ÉTICA. Palavra, aliás, que anda faltando por esta região. E para quem não se lembra do significado. De acordo com o dicionário Aurélio Buarque de Holanda, ética é "o estudo dos juízos de apreciação que se referem à conduta humana susceptível de qualificação do ponto de vista do bem e do mal, seja relativamente à determinada sociedade, seja de modo absoluto”. Percebam: conduta humana.
Se a matéria publicada no canto inferior esquerdo de uma página ímpar do Diário do Vale era para anunciar que o “nobre” presidente do sindicato foi a Vitória para prestigiar o novo presidente, foi dito. Mas eu – como jornalista que sou – não poderia me calar diante disto. Eu entendo como jornalista que o Diário do Vale tem a liberdade para publicar o que quiser. Mas é de se estranhar um relacionamento tão íntimo de um representante de classe com um representante do setor patronal, como ficou explícito na matéria divulgada. De fato, lamentável.
Thais Torres é Jornalista.
50 comentários:
APOIADO!
Caros amigos da imprensa do SUL
FLUMINENSE
Acredito que, aqueles que leram a matéria publicada hoje – dia 7 de agosto de 2007 – no Jornal Diário do Vale, tenham ficado indignados com a notícia da ida do “presidente do Sindicato dos Jornalistas do Sul Fluminense”, JC Moreira ao congresso em Vitória (ES), a convite do presidente da Federação nacional dos Jornalistas (Fenaj), Sérgio Murilo. Bem, tirando a “extrema importância” de uma informação dessa, que com certeza, vai mudar a vida de todos os jornalistas da região, levanto outra questão, infinitamente mais séria do que a vida social de “nosso presidente”: que tipo de entidade sindical é esta que temos?
Quem não ficou indignado e não levantou uma série de questões sobre este sindicato, me desculpe – realmente – você meu amigo (e minha amiga) tem que começar a se inteirar da situação. Em uma época em que a corrupção está estampada na cara de todo brasileiro, que a safadeza está totalmente despida, para qualquer um ver, levanto as perguntas para todos pensarem e se conseguirem responderem, por favor. Alguém já se perguntou que espécie de sindicato é este? Já parou para analisar que tipo de pessoa é aquela que está à frente do que intitulam como Sindicato dos Jornalistas do Sul Fluminense? Alguém votou na atual diretoria? Ou melhor... Alguém sabe quem são os diretores deste sindicato e se todos são verdadeiramente jornalistas, com registro profissional e tudo mais, conforme manda o figurino? E ainda... Alguém sabe onde é a sede do Sindicato? Alguém já viu algum edital ou pôde, ao menos, expressar sua vontade de conhecer a entidade e seu trabalho, de participar da diretoria ou de concorrer, montando uma nova chapa em um novo pleito? Já pararam para pensar para que serve um Sindicato de Jornalistas e qual deve ser o papel dele mediante a categoria? Alguém já pensou em se sindicalizar no “Sindicato do JC Moreira”?
A última questão é crucial. Hoje, a maioria dos jornalistas da região não quer nem pensar no sindicato, não quer nem saber e nem ao menos sonhar com ele. Até aí tudo bem. É o direito de cada um. O que não podemos fazer é deixar que o JC Moreira brinque com nossa cara e o pior, tire proveito do nosso título de jornalistas. Enquanto a categoria não quer nem saber, ele faz o que quer. Na verdade ele defende mais os Jornais do que os jornalistas. Disso, tenho certeza de que ninguém vai descordar. Ele aproveita da vida sofrida dos jornalistas em assessorias de imprensa e em redações de jornais, em que são pagos baixos salários e impostas altas cargas de trabalho, para que, com o Sindicato DELE, possa ter regalias. E o pior, muitos de nós já tiveram e têm a contribuição sindical descontada em seus contra-cheques, sem ao menos serem sindicalizados. Eu fui uma dessas pessoas, pena que não posso, neste momento, provar.
Acredito que esta vida sofrida impeça a grande maioria de pensar e agir por um Sindicato mais justo e que realmente lute pela categoria. Eu, por exemplo, não tenho perfil para isso, mas me cansei, pois em oito anos de profissão – ainda quando era apenas uma estagiária – ouvia e ouço as pessoas reclamarem, zombarem e desdenharem do Sindicato, sem nunca fazerem nada. Deixo claro aqui que não quero fazer parte de sindicato algum, nem tenho perfil para isso, quero sim ter uma entidade que me represente, enquanto Jornalista. Quero ter um presidente em que eu possa confiar, que gerencie uma entidade transparente e que lute por nós profissionais que damos o sangue para que o Sul Fluminense tenha acesso a informações de qualidade e, mais do que isso, sobrevivemos num mercado cruel, em que até mesmo aqueles que deveriam ser por nós são contra nós.
Vamos pensar e agir!
Falou e disse. Concordo plenamente contigo.
Concordo em gênero, número e grau!! O JC nunca foi, não é e nunca será representante da nossa classe !!! Apoiadíssima !!!
JC vai às redações falar com os empresários, não fala com jornalista. Ou alguém já o viu "negociando" acordo salarial com repórter, hein?
Eu voto no JC para o Sindicato dos Empresários de Comunicação! Por que a mim ele está longe de me representar.
APOIADA!
Apoiados!
Sinceramente, nao sei de onde saiu o Sindicato dos Jornalistas do Sul Fluminense. Sim, porque para a FENAJ existem apenas dois sindicatos da classe em todo o estado do Rio de Janeiro. Um dele é o sindicato dos jornalistas do município do Rio de Janeiro, presidido por Aziz Maluf Filho, e o outro é o Sindicato dos Jornalistas do Estado do Rio de Janeiro, presidido por José Ernesto Viana, que inclusive, nos representa de fato e de verdade. Bem quanto ao resto... o resto é uma necessidade enorme de virar notícia.....
Exelente! Que legal saber da sua indignação explícita em carta ao "Diário do Vale" e também dos companheiros que estão apoiando aqui no seu blog. Quem sou eu? Como me identificar perante você heim JC?! Eu tenho vergonha! Sou fotógrafo que como se diz o jarguão popular, "estou na mão do palhaço". Sou novo e inocentemente traído por JC que se dizia capaz de me registrar no ministério do trabalho e me sindicalizar. Espero 2 (dois) anos.
Aziz Maluf Filho e José Ernesto Viana? Esses aí eu nuca vi nas redações da região, nem mesmo para negociar com patrões. São todos da mesma corja! E só para lembrar: O JC teve seus minutos de fama recentemente também na Rio Sul e no Jornal Aqui, onde disse ter assinado "acordos". Quais seriam esses acordos? Meu Deus!
Exatamente para acabar com esses "15 minutos de fama" do JC, que já duram anos, é que estamos tentando mobilizar a classe. E - apesar de não saber quem postou aí em cima - vou reiterar sua pergunta: Que acordos são esses? Firmados com quem? E quando? Perguntas que não calam, jamais!
APOIADÍSSIMO!!!
Esta briga é boa e tem muito colega que pode ajudar na luta. Colegas que são jornalistas e sabem muito da história deste JC.
O que mais me desanima nessa história é ver que a maioria dos ´jornalistas´ da região não move uma palha pra mudar nada porque estão sempre usufruindo das benesses das amizades dos donos dos jornais onde trabalham. São co-dependentes do pseudo-status que isso proporciona, numa sociedade altamente provinciana como a nossa.
Uma pena!
Caros, identifiquem-se!
Patético foi no ano passado o JC indo ao UBM falar aos alunos de comunicação que estava organizando uma passeata pelo "aumento dos salários" e pelo reconhecimento do "diploma de ensino superior". Eu me manifestei contra e disse que o que ele fazia lá era piada. Me recusei a assistir a palestra e disse o mesmo para os meus colegas. Mas todos foram lá assistir. Até hoje eu não sei se essa passeata saiu... e o pior, ela teve o apoio até do Alvaro Brito e de outros professores.
Parece que agora, finalmente, vamos sair da posição de vítimas do JC e agir! Espero que essa indignição não seja momentânea. Estou com vocês! Fora JC!
FORA JC!
Sobre a declaração da Geovana, até concordo que alguns jornalistas não façam nada para mudar a realidade por causa dos favores dos donos dos jornais. No entanto, acredito que seja por acomodação e descrença. É difícil encontrar forças para lutar quando ganhamos salários tão baixos e somos submetidos à realização de matérias encomendadas (que mais parecem releases) para não passar fome. Estou feliz que a discussão tenha voltado com força total.
APOIADOS!
Totalmente compreensível que muitos jornalistas não manifestem suas opiniões - pelo menos com estardalhaço, embora o façam em qualquer conversa entre uma coletiva e outra - porque mais do que amizade dos patrões, precisam receber deles seus salários. Mesmo que atrasados, em alguns casos, não é? Afinal, um mês a gente tem que pagar a Renner e no outro a C& A. As duas no mesmo mês, para a maioria, não dá!!! E desempregado não se paga nenhuma, nem outra.
Bem, como estou numa fase anarquista, acho que talvez seja interessante, em prol do movimento Fora JC, todo mundo começar a reclamar um pouco mais alto, mesmo correndo o risco de deixar o nome ir pro SPC e pro Serasa. Em cinco anos, o nome já estará limpo e poderá até fazer um carnê nas Casas Bahias. Um luxo!
Thaís,
Sua avaliação da matéria veiculada no Jornal Diário do Vale foi perfeita. Mostra a maturidade jornalística de uma profissional que valoriza o seu diploma, a sua categoria. Concordo com a sua colocação, e também lamento que os jornalistas do sul do estado tenham sido mais uma vez afrontados com uma pseudo-reportagem, ou seria coluna social? , em que uma pessoa se apresenta como representante de uma classe sem a sua aprovação. Parece brincadeira e sabe porque brincam conosco desta forma? Porque somos desunidos. Isso não acontece, por exemplo, com os médicos, os advogados e outros profissionais, porque embora eles tenham interesses distintos, eles se unem pela categoria e não permitem que nada ou ninguém se interponha entre seus propósitos.
Você, assim como os demais jornalistas do sul do estado não estão sozinhos neste grito. Há muito minha voz se levantou em favor da nossa categoria porque sempre acreditei em mudanças. Estive em Vitória, não para fazer social, mas com a responsabilidade de delegada do Estado do Rio de Janeiro para analisar, discutir e aprovar o Novo Código de Ética dos Jornalistas Brasileiros que, entre as muitas mudanças, defende agora que “jornalista não pode deturpar informações ou declarações das fontes”. Apesar do Código já prever o compromisso do jornalista com a veracidade dos fatos, o plenário do Congresso aprovou por unanimidade a proposta do novo dispositivo, feita pela delegação carioca, por entender que a prática de mexer nas aspas de entrevistados para encaixá-lo em determinadas "teses" - não muito rara - desmoraliza a profissão e contribui para a perda de credibilidade dos jornalistas.
Não tenho dúvidas de que a Fenaj vai atuar no Sul do Estado. E vai fazê-lo porque seus diretores se uniram aos centenas de jornalistas que integravam as mais de 23 delegações vindas de norte a sul do país e aprovaram em plenário uma moção proposta pelo Movimento Luta Fenaj, chancelando a realização de um encontro de jornalistas na nossa região. Ei-la:
MOÇÃO DE APOIO AOS JORNALISTAS DO SUL-RJ
O Congresso Extraordinário dos Jornalistas, realizado nos dia 3, 4 e 5 de agosto em Vitória (ES), apóia MOÇÃO DE APOIO à iniciativa dos jornalistas da região Sul do Rio de Janeiro de realizarem o I Encontro dos Jornalistas do Sul dos Estado do RJ, com o objetivo de organizar e aglutinar a categoria em torno do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Rio de Janeiro, legal e legítima representação sindical dos jornalistas do interior do estado, conforme posição da Federação Nacional dos Jornalistas.
Vitória, 05 de agosto de 2007.
Por isso, cara Thaís, não vamos desanimar com fatos lamentáveis como o que presenciamos. Precisamos é de saber onde estão cada um dos centenas de jornalistas espalhados pelo Sul do Estado para dizer-lhes que um movimento se levanta em prol da nossa categoria, mas que precisamos dele para que nossa voz seja ouvida.
Conte comigo. Sempre.
Madá
"A Voz da Cidade", jornal do seu patrão, publicou hoje uma reportagem ainda maior que a do Diário do Vale sobre o assunto. Estou ansiosa pra ler seu manifesto em relação àquele jornal.
Ô pessoa amiga, antes de escrever com pseudônimo, tente ser coerente com o gênero masculino e feminino, afinal Lucas jamais poderia ficar "ansiosa".
Aê, Tatá, pegou o cara - ou seria "a cara" - aí de cima....Hehehe. Mas, independente do gênero, você não respondeu a pegunta dele (a).
Afinal, você também mandou carta para A Voz? Ou falou diretamente com o Luciano que ele e o jornal dele não têm noção do que realmente seja notícia e estão apenas defendendo o interesse do patrês?
Tô escrevendo...
Quando é mesmo que acontecem as eleições??? Será que algum jornal da região vai publicar o edital???
Lamentável tudo ...
A matéria do Diário, Da Voz, e os comentários maldosos e anônimos nesse Blog. Mesmo num momento crítico como esse, aparece alguém para falar meia dúzia de asneiras!!! Jornalistas, acordem!!! O momento é de união e não de ficar "alfinetando" um ao outro. A Thaís deu o primeiro passo e escreveu o que todos nós queríamos falar ao Diário. Agora quem será o próximo???
Eu republiquei a carta da Thais no meu blog. Recomendo a todos fazer o mesmo. Mandei um email para a Fátima Brandt do Diário do Vale expressando a minha indignação. Mandei também um email para o Leonardo Pancardes, na Voz da Cidade, dizendo o mesmo.
Estou republicando a carta da Thaís no meo blog também. Pensei se deveria ou não entrar em mais essa "briga", afinal já estou tão encralacado com o DV e todo o sistema de poder que ocupada Volta Redonda. Estou solidário e concordo com tudo que a Thaís falou.
Isso Felipe!
O que algumas pessoas não conseguiram entender (AINDA) é que isso aqui não é uma luta contra o Diário do Vale ou A Voz da Cidade, mas sim, contra o JC!
E... Lucas: já estou terminando minha carta que enviarei pra Voz, jornal do pai do meu patrão. Depois de enviá-la ao jornal, publicarei aqui e você poderá conferir o teor. Aguarde!
FORA JC!
Joice, só para completar seu raciocício: A TV Rio Sul também fez matéria com o JC, assinando "acordos" ao lado do superintendente da emissora onde vc trabalha. Vc estava de férias ou se esqueceu?
E quanto a ser briga com o DV, será apenas coicidência que depois da tal carta não saiu mais nem uma linha de Resende do DV? Alguém aí notou?
E o tal de Miguez, quer politizar uma coisa que não tem nada a ver com ele, que nem jornalista é... JC não passa de pobre coitado!
Anônimo,
Não precis ser jornalista para se solidarizar com alguma arbitrariedade. Por exemplo, eu me solidarizo com os flagelados da seca e nem por isso sou um flagelado. A proposito, apesar de eu ser jornalista formado e com diploma superior, nao sou a favor da obrigatoriedade do diploma e nao sou a favor de sindicato de especie alguma. Eu acho que nao deveria haver nenhum sindicato. Quanto ao fato de ser ou nao jornalista, muita gente boa trabalha como jronalista e nao é jornalista, exemplo: diogo mainardi, reinaldo azevedo, Paulo Francis, millor fernandes, ivan lessa entre muitos outros expoentes - e caso algum jornalista nao conheça, ao menos de nome essas pessoas nao pode ser chamada de jornalista...
Felipe, nem te conheço, mas não seja ingênuo! Giovane Miguez não se solidariza com ninguém. O cara só pensa em fazer política. E se vc não é a favor de sindicatos, pq apoiar a saída de JC? Nem ele nem ninguém mudaria essa situação. Se a Madá for presidente de qualquer sindicato ela garatiria salários melhores? Claro que não! Parece que todos vivem nos anos 80, quando sindicalista ainda apitava alguma coisa. Podem espernear o quanto for, mesmo que JC caia, vão reclamar do outro que entrar no lugar dele. E mais ainda: TODOS os veículos da região estão malcomunados com ele. E outra: respeitem os colegas que trabalham nesses veículos. A maioria deles deles não é de filhinhos de papai, que são jornalistas por hobbie. A maioria deles precisa das migalhas ganhas por lá para sustentar suas famílias. E existem profissionais de mão cheia em todos eles, que teriam espaço em qualquer grande veículo deste país. Pelo que sei, alguns ficaram incomodados com a forma como a Thaís se manifestou, eles não gritam pq têm bocas pra sustentar no final do mês, e não pq não querem. Pensem nisso também.
Meu Deus! Amigos e amigas jornalistas. Por favor, não vamos tirar o foco de nossa discussão. O alvo é o Sindicato dos Jornalistas do Sul Fluminense, que hoje é presidido pelo JC Moreira e que, pelo que pôde ser lido até agora, não representa a categoria.
Todos nós sabemos da insatisfação de toda a classe e sabemos também que precisamos sustentar nossas famílias e a nós próprios com essa profissão que escolhemos. O fato é: precisava-mos de alguém que desse o primeiro grito e isso foi feito. Depois disso, várias pessoas se manifestaram e mesmo aqueles que não têm coragem de postar aqui sua opinião, pelo menos, acessaram este blog e tomaram conhecimento da causa e garanto... ainda continuam a acompanhar a discussão. Isso é muito bom.
Esqueçam as desavenças e os casos isolados e pensem no coletivo. Não adianta falar que é contra ou a favor dos Sindicatos o fato é ELES EXISTEM e representam a categoria.
Então, se o Sindicato dos Jornalistas do Sul Fluminense existe, que ele seja presidido por uma pessoa escolhida por todos os jornalistas, de forma clara e democrática.Este tem que ser o foco. Concordo com nosso amigo anônimo, em partes. Aceito que ele diga que os jornalistas aceitam tudo isso porque precisam sobreviver, afinal, vivemos em meio em um Capitalismo Selvagem. Agora, não aceito a parte em que ele diz que ... quem for para o sindicato não vai fazer nada pela classe. Talvez essa pessoa realmente não consiga aumentar os salários, mas pelo menos, ela será escolhida por todos nós. E então, se ela estiver mancumunada com os donos dos jornais, poderemos cobrar. UNIÃO gente! só isso...
Isso ae, Mococa!
Por favor, leiam o título deste post: Jornalistas, uni-vos!
A idéia é essa. Mas para isso teremos que enfrentar o primeiro obstáculo: que é UNIR a classe e - depois - se for uma decisão de todos, derrubar o JC.
Apenas isso. Simples assim!
Cadê a carta para a Voz????
Legal, Tais...mas e a carta de rep´´udio a VOZ?
Tá chegando...
Que povo mais apressado esse... a carta vai vir gente!
A repercurssão sobre a indignação de boa parte da categoria quanto ao sr. JC e seu sindicato factóide só mostra o que todos já sabiam: a demanda reprimida existente em torno da falta de representatividade dos jornalistas em nossa região. Sabemos, concretamente, como funciona a relação entre os veículos de comunicação e o sr. JC.
Tocar nesta ferida, pelo visto, mais do a purulência de uma estrutura gangrenada, provoca o temor da mudança. O novo, neste caso, poderia representar o fim de feudos.
Por que a categoria tem que agüentar o Sr. JC? A história mostra que "status quo" muito mais ridículos, como o da "pernarda" - a primeira noite com a donzela ser primazia do nobre sobre seu vassalo -, também aceitáveis socialmente, foram banidos. Assim, creio haver esperança prá nós.
A vida ensina que somos frutos de nossas escolhas. Alguém aí escolheu o sr. JC como seu representante? Alguém aí pôde, algum dia, dizer, através do voto, se ele tinha perfil condizente com o sindicalista que a classe desejaria ver representando-a?
No entanto, uma coisa todos concordam: escolhemos ser jornalistas e é com esta máxima que teremos de conviver, até que entendamos que não devemos mais fazê-lo. Portanto, ou lutamos pela dignidade de nossa profissão, uma atividade que diga-se de passagem muitos extra corpo se acham à altura de desempenhar, ou teremos, sim, de agüentar quem não tem reserva moral suficiente para nos representar.
Tudo o mais é discurso estéril. É fogueira de vaidades com a qual não tenho tempo a perder. A questão, então, é: o que vamos fazer, concretamente? Vamos deixar que os JC's da vida e sua intimidade promíscua com o setor patronal façam sucumbir os sonhos que um punhado de jovens engendraram anos atrás, pensando em usar o jornalismo como elemento de transformação do mundo? Se não podemos mudar isso, poderemos mudar o quê?
A relação dos jornalistas com o sindicato e com os patrões me lembra da velha história do duque de Osnabruck.
Que diz assim: Algumas criaturas são sociáveis ao extremo, como o Duque de Osnabrück, cuja biografia registra ter feito sexo com um conviva masculino apenas para ser delicado com o hóspede. Como este se tornasse comensal habitual, o Duque acabou se casando com ele, episódio que deu origem ao célebre mote popular: “A gente quer ser gentil e acaba se f...”
Alguém aí se atentou para o fato de que o Estado do Rio de Janeiro é o único a ter três sindicatos de jornalistas. Por falta de sindicato a categoria não estará, nunca, jamais, desamparada! Ironia à parte, até porque o momento não comporta tal insanidade, a contribuição sindical, aquele diazinho suado que compulsoriamente é sugado de cada um de nós, está indo para qual sindicato? Classe, para exterminar um tumor é preciso cauterizar o que o alimenta...
Madá diz
De fato as pessoas estão distorcendo os fatos. A questão não é pessoal com nenhum colega de profissão e eles sabem disso. Nem eu nem ninguém poderá assesgurar melhorias salariais porque um sindicato não é um clube do eu sozinho, mas de uma categoria. Além disso, é bom deixar claro que eu não quero e não tenho nenhum interesse em presidir sindicato algum. Sempre deixei isso bem claro. O que sempre me incomodou e me incomoda é a inércia da nossa classe; é ver um colega nosso suar quatro anos para fazer e pagar uma faculdade de jornalismo e depois ficar desempregado porque não há mercado ou porque uma pessoa que escreve direitinho tomou o lugar que poderia ser seu. Por tudo isso concordo com a Thaís. Jornalista uni-vos, não em torno de uma pessoa, mas em benefício de uma categoria.
Madá
Colegas,
Como já comentei em outro espaço, acredito que a melhor resposta dos jornalistas da região à esta situação - onde o JC é apenas a expressão mais visível - é a nossa organização. E ela vem sendo retomada, com todas as dificuldades, há alguns meses. Convido, portanto, todos e todas para a nossa próxima reunião no dia 11, sábado, às 16h30, no auditório da Pró-Reitoria Comunitária do UBM. Lá poderemos finalmente conhecer o nosso amigo "anônimo", de tantas brilhantes observações, e até a ou o Lucas. Já o Felipe, como é contra o movimento sindical, poderá ficar pouco à vontade, já que o objetivo da reunião é explicitamente debater e aprovar propostas para a organização sindical dos jornalistas do sul do estado.
Alvaro Britto
Com tantas expressões diferentes de opiniões de jornalistas e de outros nem tão jornalistas assim, digo sem medo de errar que pelo menos a metade dessas opiniões foi compartilhada por quem passou por aqui. Pelo JC inclusive, que deve estar com a página dos comentários abertas, apertando a tecla F5 de três em três minutos pra saber da última!
Pois muito bem. Concordo com pelo menos meia dúzia das idéias aqui colocadas. Mas uma coisa eu não vi alguém falar: da demagogia em que muitos de nós vivem. Um exemplo? Não é difícil....
No mês passado jornalistas de todo o Brasil elegeram a “nova” diretoria da Fenaj. De todo o Brasil, eu disse. Pois alguém aí arriscaria dizer quantos jornalistas da região votaram? Provavelmente ninguém acertaria. Baseados no número de profissionais que somos, então... aí, eu tenho certeza de que ninguém acertaria mesmo. Pois eu conheço essa informação: 20. Sim, vinte jornalistas de toda a região (desde Angra até Vassouras e Piraí). E dentro desses vinte, quatro não eram sindicalizados no estado do Rio (eu, por exemplo, que sou associada ao do município de SP). Em Volta Redonda, não houve um voto sequer. Ninguém. Nenhum dono de jornal, nenhum repórter de rádio, nem de assessoria nem de lugar nenhum! Em Barra Mansa, apenas dois profissionais votaram, um deles inclusive foi a Thais.
Parece piada, mas não é. Eu sei disso porque percorri todas as cidades atrás destes votos. E o pior é que não acontece isso só aqui no estado do Rio. A eleição esteve a um passo da nulidade por possível falta de quorum. Dá pra imaginar? Como disse a Madá à época, conseguimos um feito incrível na região, porque lá no Sindicato do Estado do Rio (o sindicato de verdade, que fica em Niterói), foram contabilizados apenas três votos).
Aqui, quantos somos? Trinta? Quarenta? Com certeza não. Esse é quase o número de profissionais que a Sobeu forma todos os anos. Somos muito mais que isso.
Eu não estou aqui conclamando ninguém para se sindicalizar pra ter a chance de votar em 2010. Não. Só expus isso pra ficar claro que de pouco adianta querermos lutar contra um sindicato sem representatividade e reconhecimento junto à Fenaj, se não nos unimos, se não valorizamos a nossa classe. Se pra muitos de nós pouco importa o curso dos acontecimentos.
O povo pode nem concordar comigo, mas é assim que eu vejo o andamento das coisas por aqui.
Quando a Thais intitulou o post como “Jornalistas, uni-vos”, com certeza ela não nos chamou à sindicalização. Ela nos chamou à união, à valorização do trabalho nosso de cada dia e ao amor que cada um de nós tem por essa profissão que escolhemos. E bota amor nisso!
MARCELO ALMEIDA DIZ...
Endosso tudo o que foi manifestado aqui em prol da unidade da categoria sem restrições.
Mas tenho para mim que em nome da coerência, apenas o debate frente-a-frente traduzirá de fato o verdadeiro desejo de mudança.
E o fato a se lamentar demais é que desde a primeira convocação, em Volta Redonda, no primeiro semestre, apenas meia dúzia de gatos pingados tem dado as caras.
Louvo até a mobilização no cyber espaço como um convite preliminar à discussão, mas julgá-la suficiente já seria demais.
Ou será que queremos destituir o JC do cargo via MSN e nos mobilizar via Google talk ?
Até quando nos contentaremos com o virtual e nos omitiremos no real e no concreto ?
Acordem colegas ! O nosso próximo encontro já está confirmadíssimo para este próximo sábado, às 16:30h, no auditório da Pré-Reitoria Comunitária, do UBM, em Barra Mansa.
Se desmarcar o choppinho ou adiar o bate-papo será uma boa...vai da consciência de cada um. Saudações !
Pessoal, querem derrubar o JC?
Façamos o seguinte:
1) Vamos todos nos sindicalizar nesta instituição que ele criou.
2) Como sindicalizados, vamos formar uma chapa, inscrevê-la nas próximas eleições (sindicalizados, seremos descontados em nossos contra-cheques ou pagaremos avulso. É um documento que nos permite exigir, inclusive, se for o caso, junto ao MP, para que haja eleição com publicação de edital em jornais da região. Como manda a lei).
3) Certamente seremos maioria. Já que hoje, acredito, devem ser sindicalizados apenas o JC e seus pares da diretoria (se é que ela existe?)
4) Com a maioria, venceremos a eleição e tiraremos JC do cargo da maneira que lhe seria mais dolorosa: com honestidade e dentro da lei.
Não tem mistério, galera!
Assino embaixo do que disse o Marcelo.
Quanto à proposta de um dos anônimos (serão quantos???), acho que entrar para o sindicato do JC e dos patrôes é legitimar a picaretagem. Um sindicato que realizou eleição em 2006 sem a categoria ter conhecimento. E que tem mandato até 2010 (até nisso é picaretagem: o mandato é de 4 anos, diferente da Fenaj e da imensa maioria dos sindicatos de jornalistas do país, onde são 3 anos). Como é um sindicato dos patrões (o JC é apenas o testa de ferro), não é muito difícil esse edital ser publicado em uma edição fantasma, que não vai para as bancas. Acho que devemos lutar até o fim por uma alternativa de organização que não seja esse sindicato picareta.
Alvaro Britto
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